terça-feira, 24 de novembro de 2009

CIDADANIA, AINDA VALE A PENA!

A cidadania é o conjunto dos direitos políticos de que goza um indivíduo e que lhe permite intervir na direção dos negócios públicos do Estado, participando de modo direto ou indireto na formação do governo e na sua administração, seja ao votar (direto), seja ao concorrer a cargo público (indireto). Na atual conjuntura nacional fica cada dia mais claro que o maior inimigo de cada cidadão brasileiro é representado justamente pela classe dos agentes políticos que ele mesmo elegeu. Isso mesmo, nós somos os culpados pelos maus exemplos que nossa classe política comete, principalmente, quando se apossam de um poder alheio. Esse poder deveria voltar ao cidadão, que é o dono de direito, mas, que está esquecido envolto de um emaranhado de acordos, de corrupção, de favores e, até mesmo, de esmolas. Os políticos em sua grande maioria, já tratam o povo com uma soberba maldita, pois, uma vez eleitos, passam à brincar de He-man, “eu tenho a forçaaa!!!”. A pompa e a glória dos políticos eleitos deveriam curvar-se diante da grande massa, do povo, do cidadão, que no anseio da esperança de melhores dias, mas, principalmente, embebidos da falta de educação adequada, destinam seus votos àqueles que se profissionalizaram na arte do ilusionismo. Diante há uma sagaz percepção da pobreza cultural do seu povo, essas aves de rapina alçam voos cada vez mais ousados, não se tem mais a preocupação do que o eleitor pensará, pois, de modo covarde e, se aproveitando do descaso do executivo, os profissionais da política aprenderam a corromper com migalhas a grande massa popular. Ora o exposto, o povo, se entregou às pequeninas corrupções das vésperas de eleições, vendem o voto ante um desespero avassalador e cruel de não poder comprar um botijão de gás, aceitam cinquentão para poderem pagar a conta de luz atrasada, os mais “espertos” conseguem até uns cenhão. Passado o pleito, consolidada a vitória na urna, e, durante um pouco mais de três anos, bye bye otários, até a próxima. E assim ficam os eleitores, se corromperam em sua maioria por um desespero crônico e, agora pagarão por longos quatro anos. Por outro lado, o Executivo do alto de sua demagogia e, principalmente, através de obrinhas durepox, que não custam metade do marketing gasto, não cumpre seu papel de levar à população as necessidades mais básicas, como: educação de qualidade e sem vícios, saúde de qualidade em postos decentes e bem aparelhados, segurança básica, saneamento, geração de empregos, etc. Os brasileiros perderam a confiança, pasmém, até as crianças chamam os políticos de ladrões, corruptos e tantos outros. E eu pergunto: qual será o entendimento , mas, principalmente, o comportamento dessas crianças quando na idade adulta? Qual o legado que deixaremos às nossas crianças? Que enriquecimento ilícito encoberto pelo manto do poder é errado? Que este poder demasiado e cheio de carteiradas é ético? Que a expressão irônica: “Vossa Excelência” na verdade é uma forma de não ter que falar “Caro safado”, e assim, não sofrer um processo por falta de decoro parlamentar? Quando ouço: “Nobre deputado”, me vem a mente: “Caro velhaco”. Será que devemos e continuaremos neste marasmo? Diante desta perspectiva, nota-se que o cidadão brasileiro está absolutamente acuado quanto à exercer sua cidadania. Os parlamentares vivem a sombra de escândalos morais e éticos, mas, mesmo assim, fazem coisas do arco da velha para se safarem das pródigas armações ilimitadas, e, acima de tudo, desfrutam ainda da tal imunidade parlamentar, ou seria, impunidade parlamentar? Nossa atual classe política é umas das piores que já assumiu o poder em todos os níveis e em todos os tempos, o que se tem é uma grave e angustiante sensação de desamparo, de decepção, de desgosto social e deslealdade. O Poder Executivo tomou posse e o total controle dos demais poderes, pois, o Poder Judiciário tem sido omisso e, vê-se nos movimentos sociais uma mistura explosiva que defendem o desrespeito e ainda desafiam às leis, sem que nada seja feito pelo Judiciário, logicamente, tem a mão forte e rica do executivo, que não satisfeita, e, a custa de muito dinheiro, dominou também, o legislativo. Onde iremos parar? Eu só sei que pessoas éticas e de caráter, dão sempre exemplo de boa cidadania. Bons cidadãos agem além de seus próprios interesses, demonstram preocupação com as necessidades dos outros, e reconhecem a sua obrigação para fazer melhorar sua casa, a vizinhança, a cidade, o estado e o país. A verdadeira cidadania significa participação, envolvimento e contribuição. Ninguém pode fazer nenhuma diferença positiva em sua comunidade, se não estiver envolvido. Construir cidadania é também construir novas relações de sociabilidade. A cidadania é um exercício que se aprende na convivência com os diferentes, na vida social e na ação pública. É no convivio do dia-a-dia que vivemos a condição de cidadão, através das relações que estabelecemos com os outros, com a coisa pública e com a própria cidade em que vivemos. Adriano Garcia Méd. Veterinário, cadeirante e cidadão adrianogarciavet@gmail.com

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