quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

EU PERGUNTO, POR QUÊ?

Por quê? Esta deve ser a pergunta mais utilizada em nosso vocabulário nos últimos tempos, afinal, vemos a todo instante situações diversas e adversas, que merecem a tal pergunta. Para exemplificar, começarei pelo nosso caótico e assassino trânsito. Por quê? O que falta aos nossos motoristas? Por quê as auto-escolas não se reciclam? Por quê o Detran não é rígido em relação as auto-escolas? A rigidez é tão somente em continuar a burocracia aliado ao mau atendimento e para faturar com multas, imposto, taxas e afins. Em minha época, a prova teórica era baseada em perguntas única e exclusivamente sobre placas de trânsito e alguma coisa de mecânica, a prova psicotécnica que eu fiz e, por muitos anos em que tive notícias, era para desenhar uma árvore e redigir o por quê de tal árvore. Confesso minha ignorância psicológica do por quê desenhar uma árvore, só sei que até hoje não compreendi como desenhar uma árvore auxiliou em minha educação e de tantos outros no trânsito. Com a onda de desmatamento, acho que derrubaram as inúmeras árvores desenhadas nas provas do Detran, talvez seja esta a razão para a falta desenfreada de educação com o próximo ou com o motorista ao lado. Por quê não modificar e/ou modernizar o sistema de avaliação para se emitir uma autorização (CNH) para nós? Que somos um pouco de malucos, mal educados, violentos, “barbeiros”, lentos demais, velozes e furiosos, que de um tempo pra cá e, que tem assustado, uma nova geração de motoristas assassinos (Killer Drivers). Por quê assassinos? O por quê de um gesto manual de pouca etiqueta transformam as pessoas? Muitas delas, pacatas, pais de família, trabalhadores, diplomados, sem diplomas, vividos, inexperientes ainda. No caso de uma “fechada” proposital ou não, por quê não seguir em frente? Vale a pena provocar ou levar uma provocação adiante? Vale a pena matar ou morrer? Esta falta de educação no trânsito não tem mais nível cultural, qualquer sujeito está apto, para matar ou morrer! Por quê nos enganaram (Constituição)? Dizendo que temos direito a segurança, onde estão os encarregados de nos proporcionar esta tal de segurança? O efetivo da Polícia de Trânsito não é suficiente? Por quê? Cadê o dinheiro que nós pagamos através de impostos? Os responsáveis pelo bem estar da nossa mobilidade urbana não sabem onde estão os pontos críticos do nosso caótico e assassino trânsito? Por quê não sabem? Pergunte à população ou pelo menos ouçam as vozes de revolta e protestos. Nós sabemos. Por quê então continuamos a agir como selvagens e loucos? Quantos Rogérios inocentes terão que pagar pela insanidade de muitos Killer Drivers? Cadê o Detran? Cadê as Auto-escolas? Cadê a Polícia? Cadê o Secretário de Trânsito? Cadê o Executivo? Cadê as Escolas? Cadê a EDUCAÇÃO? Cadê o nosso Dinheiro? Há poucos dias, vimos, segundo a imprensa, 300 policiais sendo: Civil, Militar, Trânsito, Federais, dando escolta e proteção para um, apenas um, mega traficante, vir ao fórum para ser julgado por crimes cometidos. Por quê? E a população? Não merece este aparato também? O nosso dinheiro tomado na forma de impostos, deve e tem que ser usado em nosso benefício. Por quê não se usam de forma transparente e adequadamente? Se deslocássemos cada um dos policiais envolvidos na “operação beira mar”, provavelmente, teríamos um policial em mais ou menos 200 pontos críticos do nosso trânsito, e, sabemos que onde tem um policial, que por mais “enfeite” que seja, os motoristas já mudam de comportamento. Por quê das blister? Para multar apenas? Mais dinheiro para o executivo? Nos tomam dinheiro de todas as formas possíveis, a todo tempo, em várias situações, por quê? Está provado que o bolso não dói tanto quanto alardearam, o que é feito com esse dinheiro? Cadê a tal de onda verde? Diante os fatos ocorridos, gerados pela violência do trânsito, essa onda verde me remete ao filme Missão Impossível: Licença para matar! Com as tragédias ocorridas, eu pergunto: Cadê a nossa consciência? Isso tudo, não nos diz nada? Não nos afeta em nada? Estamos tão frios e preparados para matar ou morrer? O Poder Público tem sido ineficiente e ineficaz, mas, e nós? Estamos fazendo a nossa parte? Por quê não? Estamos todos cheios de razão, mas, dirigimos com prudência e responsabilidade? Utilizamos da tal Direção Defensiva? Por quê não? Nos ensinaram nas auto-escolas? Quando saio de manhã à trabalho e tenho que pegar a saída para Rochedo, é uma aula de imprudência atrás da outra, protagonizado pelos motoqueiros-instrutores das auto-escolas. E serão eles que irão formar os novos condutores, ou seja, serão eles? Como instrutores desprovidos de educação e responsabilidade poderão ensinar alguém a ser um bom motorista? Quem fiscaliza estes instrutores? Como esses “desinstrutores” tem autorização para ensinar? Ensinar o quê? Não posso e não vou esquecer os carros públicos, os oficiais, eles e seus soberbos motoristas tem autorização para desrespeitarem as leis de trânsito? É um descaso total, sem fiscalização, sem regras, sem punições, é uma terra (ruas) de ninguém. Enquanto isso, nossa linda morena continua fazendo vítimas e mais vítimas todos os dias, sem piedade, sem dó, sem educação. Vamos refletir, vamos obedecer as leis do trânsito e vamos nos esforçar para não perder o bom senso. Por quê? Porque não é justo perdermos inocentes por conta da estupidez de um gesto manual, por conta de uma “fechada”, por conta de uma embriaguez, vamos em frente, vamos viver. Eu sou cadeirante, devido a imprudência de dois sujeitos bêbados em um caminhão. Cortaram minha trajetória abruptamente numa rodovia, estava eu voltando do trabalho, feliz da vida, porque iria encontrar meu filho que estava com apenas 50 dias de nascido, não tive chances. Mas, me considero um privilegiado, pois, estou vivo, trabalhando e curtindo meu filho, minha esposa, meus familiares e amigos. Mas tenho consciência que tantos outros desprovidos do bom senso, não terão a mesma sorte que eu tive. Acho que vale a pena refletirmos um pouco mais, principalmente, quando estivermos ao volante. Adriano Garcia Méd. Vet., Cadeirante e Cidadão adrianogarciavet@gmail.com

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