domingo, 2 de agosto de 2009

ACESSIBILIDADE AO MEIO FÍSICO

Ser deficiente não é o fim do mundo - blog de Gato Silvestre Igualdade de oportunidades uma luta de todos e de cada um Com o tema: Quando falamos de acessibilidade, inclusão, abolição de barreiras arquitectónicas entre outros conceitos de grande importância e-ou sensibilidade no seu tratamento para nós deficientes, encontramos em nós uma vontade imensa de lutar para que eles deixem de ser apenas conceitos e passem a tornar-se realidades para todos. Acredito piamente que todos unidos em objectivos comuns como o da recente petição pela acessibilidade electrónica mas nunca esquecendo os objectivos individuais com que nos deparamos todos os dias como sendo um obstáculo na nossa rua ou mesmo aquela passadeira que devia existir e não existe, chegaremos sem dúvida mais tarde ou mais cedo ao objectivo de uma sociedade verdadeiramente igual para todos. Todos os dias ao deslocar-me de casa para o trabalho percorro uma rua de passeios estreitos e com árvores e postes no meio desses mesmos passeios. Para complicar ainda mais as casas têm árvores e arbustos que não são cortados lançando os seus ramos para a dita rua. O cenário torna-se ainda mais complicado quando por vezes alguém resolve utilizar o passeio para estacionar o carro tendo eu de passar para a estrada e aqui cabe referir que estamos numa rua bastante movimentada. Quando falamos de igualdade de oportunidades ou nos referimos aos tais conceitos que abordei no início deste texto cabe perguntar se alguém com responsabilidades ao passar por ali já olhou com olhos de ver para aquela situação? Cego sou eu, e se não vêem é porque não querem ver. Chegamos ao ridículo de em tempo de chuva ter de fechar o guarda-chuva porque com árvores, postes, e ramos compridos com ele aberto ainda nos molhamos mais ao tentarmosdesembaraçar-nos destes obstáculos só com uma mão porque a outra tem a bengala. Quanto aos carros estacionados no passeio já falei com as autoridades policiais mas a festa continua, quanto aos ramos compridos já dei alguns toques aos donos mas tudo na mesma como a lesma, quanto aos postes e árvores até já falei com elementos da câmara mas reconhecendo que estão mal ficam-se apenas pelo reconhecimento e quanto a melhorar nada. Falo assim pensando na minha situação como cego; pensando por exemplo num deficiente em cadeira de rodas esta rua seria mais um dos pontos onde para ele está claramente espetado um sinal de proibido. Que fazer quanto a isto? Eu fiz o que podia mas pelos vistos posso muito pouco. Senhores que tanto falam de igualdade de oportunidades, afastem de vez os sinais de proibido que estão bem na frente dos vossos olhos e que dariam muito mais sentido ao vazio das vossas palavras.

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